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Ministério da Educação diz ainda não ter “Plano B” para retoma das aulas

 


O Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH) garante ainda não ter “plano B’”, caso o Governo decida manter a suspensão das aulas presenciais em todos os subsistemas de ensino. Quem o diz é a porta-voz do Ministério, Gina Guibunda.

Em entrevista à “Carta”, nesta quarta-feira, Guibunda afirmou ainda não haver certezas sobre a retoma das aulas, porém, garantiu não existir outro plano para a retoma das aulas no Sistema Nacional de Educação, caso se conclua não existirem condições para o regresso dos alunos às salas de aulas.

“Neste momento, ainda não temos outra opção. O que posso dizer é que temos um calendário aprovado e os grupos estão a trabalhar em outro cenário para que haja uma solução”, disse a fonte, sublinhando não haver condições para se continuar com as famosas aulas online.

“Não há condições de darmos aulas online, conhecendo o nosso país e a nossa realidade. Nem todos têm condições para ter um computador ou telefone. Sempre vai ter de haver aulas presenciais”, rematou Guibunda.

Lembre-se que, no passado dia 04 de Fevereiro, o Presidente da República anunciou a suspensão, pela segunda vez, das aulas presenciais em todos os subsistemas de ensino, como forma de controlar a propagação do novo coronavírus. A primeira suspensão foi anunciada em Março de 2020, tendo durado sete meses (só em Outubro é que retomaram as aulas no ensino secundário).   

Segundo a porta-voz do MINEDH, a previsão é que as aulas iniciem, de facto, no próximo dia 22 de Março – data em que se assinala a passagem do primeiro ano após o diagnóstico do primeiro caso da Covid-19 no país – e termine no mês de Dezembro, durando, desta forma, 33 semanas e não as habituais 38 semanas lectivas.

 
Questionada sobre a organização das turmas, Guibunda explicou que as turmas serão divididas, sendo que os alunos far-se-ão presente à escola de forma intercalada, pelo facto de não existir espaço suficiente para albergar todos os alunos ao mesmo tempo em tempos de pandemia. “Isso significa que, em alguns dias, estarão na escola e outros dias estarão a trabalhar a partir de casa”, sublinhou.


Confrontada em relação às condições actuais das escolas, Gina Guibunda revelou que alguns estabelecimentos de ensino vão receber o valor do Apoio Directo às Escolas (ADE), de modo a garantir que todas as condições estejam acauteladas. “Contamos ainda com os nossos parceiros de cooperação, amigos da educação, que nos têm apoiado e acreditamos que, até ao início do ano lectivo, condições mínimas terão sido criadas”, assegurou. (Marta Afonso)


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